A Unicamp, por meio da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI) recebeu no dia 04/07 a visita de uma Delegação de 26 representantes de 17 Empresas Chinesas da área de Saúde, de vacinas e de medicamentos: BioPartners X, AstraZeneca China, Luye Gropo, Yiling Pharma, Pegbio, Kanghua, BioKangtai, Teddy Lab, Mindray, Tuper Group, AmoyDx, Maccura, BioGerm, Lead Medical, Legend Capital, Best Services International and SSTK. A vinda da comitiva chinesa foi organizada pela MedVaccA, empresa chinesa que atua na área de equipamentos de saúde e que desde o início deste ano ocupa um espaço no Parque Tecnológico da Unicamp.
As reuniões aconteceram nas instalações do Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOU). A Delegação chinesa foi recebida pelo diretor executivo de relações internacionais, Prof. Dr. Osvaldir Taranto, representando o Reitor da Unicamp, o assessor do Gabinete do Reitor Prof. Dr. Cristiano Torezzan, o assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura Prof. José Luiz da Costa, o diretor associado da INOVA Agência de Inovação da Unicamp Prof. Dr. Renato Lopes, o gestor de parcerias do HIDS, Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável, Dr. Eduardo Gurgel, o diretor do Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço (IOU), Prof. Dr. Agrício Crespo, os professores da Faculdade de Ciências Médicas, Prof. Dr. Francisco Hideo Aoki e Prof. Dr. Li Min e a equipe da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (Deri), Sra. Mayara Morais, Sra. Paula de Sena Peterlini, Sra. Ligia Cardinale e Sr. Vinicius de Carvalho Silva.
O Grupo MedVacca foi representado pelo presidente do MedVaccA Hong Kong Sr.Wang Wei, o vice-presidente do MedVaccA Brasil, Sr. Lee Cheng Pin e equipe do MedVaccA Brasil, composta pela Gerente Sra. Renata Pereira, a escritora médica Sra. Silvia Elaine e o gestor de projetos Sr. Alex Carvalho.
O objetivo da visita foi estabelecer parcerias para investimentos e futura transferência de tecnologia. Nesse sentido, o projeto do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) chamou a atenção da comitiva chinesa. A consultoria de modelo de negócios contratada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) identificou a área de saúde como uma das cinco áreas de especialização que podem alavancar o Hub.
Hoje, a cidade de Campinas funciona como um polo regional de medicina, saúde e bem-estar para as mais diversas regiões do interior paulista. Embora a cidade de Campinas tenha 1,13 milhão de habitantes, é referência regional para cerca de 3,5 milhões de pessoas na oferta de serviços e produtos, mostrando a complexidade de sua organização, estrutura que garante o acesso serviços e ações de saúde.
Conforme aponta o relatório da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), Campinas se destaca no estado de São Paulo e no cenário nacional por características que fomentam e conferem competitividade a esse setor, composto por grande concentração de instituições de nível superior produtoras de conhecimento; presença de renomadas organizações públicas e privadas dedicadas à pesquisa e alta tecnologia; cinco parques tecnológicos credenciados pelo Governo do Estado, entre eles o Parque Tecnológico de Campinas da Unicamp; um número significativo de empresas que emprega mão de obra altamente especializada e pós-graduada e ainda uma boa infraestrutura urbana, de transporte e logística que conecta a região aos grandes centros urbanos, inclusive em nível internacional.
Os testes de vacinas e as pesquisas realizadas na cidade relacionadas ao vírus Sars-CoV-2 são exemplos da relevância e atuação de Campinas no cenário científico brasileiro. Por exemplo, a Unicamp tem participado das pesquisas e estudos clínicos da Coronavac, vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Além disso, o Hospital da PUC-Campinas também participou ativamente em parte dos testes em voluntários com a vacina Janssen. Além disso, o acelerador de partículas Sirius tem servido de suporte para pesquisas relacionadas à pandemia, obtendo imagens 3D de estruturas de proteínas essenciais que foram utilizadas para avançar nos estudos sobre o ciclo de vida do coronavírus. Também tem contribuído para a solução de desafios tecnológicos, como novos medicamentos e tratamento de doenças.
A partir da premissa de entregar soluções para os desafios do desenvolvimento sustentável, o HIDS tem a ambição de melhorar o papel da região na saúde pública tanto auxiliando na expansão da oferta de serviços de saúde, ampliando os espaços de pesquisas nesta área e ainda atuando como um laboratório vivo para projetos de prevenção e predição dos fatores de risco de doenças e análise de evolução de um grande número de pacientes.
De acordo com o diretor executivo de relações internacionais da Unicamp, Osvaldir Taranto, “o encontro desta delegação com os representantes da Unicamp teve o objetivo de pensar em novos acordos de cooperação de pesquisa, de extensão e também na possibilidade de transferência de tecnologia entre as diferentes instituições”. “Este tipo de interação público-privada é muito interessante para o desenvolvimento de novas iniciativas internacionais na Unicamp e, de fato, as parcerias com instituições chinesas têm se destacado nos últimos anos”, concluiu Osvaldir Taranto, diretor executivo de relações internacionais da Unicamp.
Segundo Eduardo Gurgel, gestor de parcerias do HIDS Unicamp, criar parcerias com instituições e empresas nacionais e internacionais para desenvolver, testar e aprimorar tecnologias sustentáveis em conjunto com as universidades, empresas ou instituições de pesquisa instaladas na área do HIDS é uma das premissas desse projeto. “A articulação com a China é promissora nesse sentido e pode ajudar a alavancar o eixo da saúde no HIDS”, disse.
Por Paula de Sena (DERI Unicamp) e Patricia Mariuzzo