Nos anos 1990, a Prefeitura de Campinas reservou uma área de 8,8 milhões de metros quadrados para receber indústrias de alta tecnologia, o Polo 2 de Alta Tecnologia de Campinas. O local foi escolhido por estar nas proximidades das rodovias Campinas-Moji Mirim, D. Pedro I e Anhanguera/Bandeirantes, da Unicamp, da PUC-Campinas e do CPqD. Inspirado no modelo do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), o Polo foi idealizado ainda na década de 1970 pelo então professor da Unicamp, Rogério Cerqueira Leite, e ficou conhecido como Ciatec 2 por conta do nome da empresa municipal criada em 1983 para fazer a gestão do Polo, a Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas.
Em 2013, a Unicamp adquiriu a Fazenda Argentina, uma área com 1,4 milhão de m2, localizada no coração do Ciatec 2. Em sua origem, HIDS foi imaginado como uma estrutura a ser criada na Fazenda Argentina e integrada de modo harmônico ao campus da Unicamp.
A partir da prospecção de atividades que poderiam ser desenvolvidas no HIDS, tornou-se evidente a sinergia e a oportunidade desta iniciativa com a vocação dos diversos atores que compõem a região do Ciatec 2.
Assim, levando-se em consideração:
- as oportunidades e os desafios relacionados aos 17 ODS
- o reconhecimento da área contigua à Unicamp/Ciatec 2 como um Polo Estratégico de Desenvolvimento
- as vocações dos atores já presentes nesta área, (ampliada pela presença da PUC-Campinas, a prospecção do HIDS avançou, tendo as universidades como centralidades atratoras e irradiadoras de conhecimento para promover, com Campinas e região, a criação de um distrito sustentável, de quarta geração, referência internacional de smart city, com impacto diretor regional e nacional.
Sendo assim, o HIDS passou a englobar toda a área que contém a região do Ciatec II, da PUC-Campinas e da Unicamp, com um total de 11,3 milhões de m2.
Em 2020 foi firmado um convênio entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Unicamp e a Prefeitura de Campinas para elaboração de um master plan para esta área. Desenvolvida pelo Korea Research Institute for Human Settlement (KRIHS), a proposta de ocupação sugere a criação de duas centralidades mais adensadas, com uso misto (incluindo habitação, áreas corporativas, comércio e serviços) e áreas predominantemente residenciais. As únicas áreas exclusivas para atividades tecnológicas são as já existentes e a área da Fazenda Argentina (CEUCI, 2022).
A elaboração do master plan pelo KRIHS foi baseada em uma série de estudos sobre diferentes aspectos inerentes a um projeto complexo e de longo prazo como é a criação do HIDS.
O master plan desenvolvido pelo KRIHS tem como premissa a possibilidade de introduzir na região as atividades complementares que darão apoio e permitirão a plena realização dos objetivos previstos de criação de um território de conhecimento de quarta geração, baseado na sociedade e na economia do conhecimento.